25 Mai, 2020

O Melhor que Podíamos Fazer

Hello, guys! Tudo bem com vocês? Há bastante tempo não conversamos sobre histórias em quadrinhos por aqui, não é mesmo? Hoje trouxe uma leitura bem diferente para vocês!

Título: O melhor que podíamos fazer
Autor: Thi Bui
Editora: Nemo
Skoob: Adicione
Compre: Amazon
Estrelinhas: ⭐⭐⭐
Idade recomenda para leitura: 
acima de 18 anos

Sinopse: Esta é uma história sobre a busca por um futuro melhor e saudosismo pelo passado. Explorando a angústia da imigração e os efeitos duradouros que o deslocamento tem sobre uma criança, Bui documenta a difícil fuga de sua família após a queda do Vietnã do Sul, na década de 1970, e as dificuldades que enfrentaram para construir uma nova realidade. O melhor que podíamos fazer traz à vida a jornada de Thi Bui em busca de compreensão e fornece inspiração a todos aqueles que anseiam por um futuro melhor enquanto recordam o passado de privações.

Sobre a narrativa

A história é autobiográfica, ou seja, contada pela própria autora do gibi: Thi Bui. Gosto de narrativas em primeira pessoa, porém, O Melhor que Podíamos Fazer traz muitos personagens com nomes bem diferentes dos que estamos acostumados. Acabei ficando um pouco confusa nesse ponto. Além disso, a trama vai e volta no tempo muitas vezes, e mesmo com o apoio das ilustrações, fiquei perdida em certos momentos. Diversas vezes precisei voltar e descobrir de quem Thi Bui estava falando. Era do Bô? Era do pai do Bô? Ou do avô de Bô? Talvez fosse o tio?

Infelizmente isso acabou tirando um pouco da magia da leitura para mim. E foi nesse ponto que a graphic novel perdeu duas estrelinhas.

Mas tenho muuuuuitas coisas positivas para contar sobre O Melhor que Podíamos Fazer! Continua aí que já te conto mais sobre esse gibi.

Uma viagem pelo interior do ser humano

Ler essa história em quadrinhos foi fazer uma viagem no tempo e por lugares que nunca visitei! Além de vivenciar um momento histórico muito importante (e que não é retratado de todos os lados), conheci personagens que sofreram muito e acabaram levando os calos da vida como uma armadura. E mesmo quando o amor se mostrou presente, eles não souberam lidar da maneira que deveria.

Thi Bui e seus irmãos precisaram aprender a viver em um lar sem carinho e demonstrações de afeto. Mas isso não foi culpa dos seus pais, isso foi culpa das circunstâncias e de tudo que viveram.

É uma história real, tocante e muito verdadeira. Uma família que passou a vida inteira fugindo e protegendo-se do mal. A autora escreve algo nas últimas páginas que me tocou muito:

“Nessa noite entendi para o que meus pais tinham me preparado a vida inteira. Foi essa – e não uma tradição vietnamita qualquer – a minha herança cultural: a inexplicável necessidade e a extraordinária habilidade de fugir na hora do perigo.”

Ilustrações

O gibi é totalmente ilustrado em aquarela de tons terrosos. Essa técnica me deixou muito nostálgica e ao mesmo tempo me lembro lama. Como se a história da autora estivesse misturada na lama e no barro que foi o passado dos seus pais e avós.

Bô e Má podem não ter sido os melhores pais, mas foram os melhores nas circunstâncias que se encontravam.

Minha opinião final

É uma história pesada, intensa e verdadeira. Não espere um final romantizado. Aqui a verdade é nua e crua, mas, de certa forma, nos traz um conforto. Mostra que nem tudo é perfeito, mas as coisas acontecem da maneira que deveriam acontecer e precisamos aprender e lidar com elas assim.

Nota final: ⭐⭐⭐

 

Em breve eu volto com mais resenha para vocês! Um super beijo!

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