29 Out, 2020

Aprendendo a cair

Hello, guys! Faz tempo que não trago resenha de histórias em quadrinhos por aqui! Dessa vez trouxe uma bem diferente de tudo que já li. E não falo somente da história, falo também das ilustrações e do tipo de escrita! Bora conferir?

Título: Aprendendo a cair
Autor: Mikael Ross
Editora: Nemo
Skoob: Adicione
Compre: Amazon
Estrelinhas: ⭐⭐⭐

Sinopse: Neuerkerode é uma vila alemã gerida inteiramente por pessoas com algum tipo de deficiência mental. Eles administram o restaurante local, o bar, o supermercado – eles estão no comando. É um lugar lindo, quase inacreditável, que realmente existe, e é lá que esta história se passa.

Noel vive há muitos anos com a mãe em um pequeno apartamento em Berlim, até que um dia tudo muda. Ela cai. Um derrame, ao que parece. De repente, ela está no chão, rodeada por uma grande poça de sangue. A vida de Noel se abala radicalmente. Então um homem com bigode surge e afirma que Noel não pode mais ficar sozinho em seu velho apartamento. Ele tem que se mudar, para longe de Berlim, para longe de casa. Para um ambiente completamente diferente, um centro de acolhimento para outras pessoas com deficiência. Pela primeira vez na vida, Noel está sozinho. Mas também é a primeira vez que ele vive com tantas outras pessoas.

Minha primeira história em quadrinhos de Mikael Ross

Confesso que até receber o e-mail da editora Nemo comentando sobre o lançamento de Aprendendo a Cair, nunca tinha ouvido falar do quadrinista alemão Mikael Ross. Então peguei a obra sem nenhuma expectativa, tanto boa, quanto ruim. Apenas me joguei na leitura.

Fui surpreendida com os traços diferentes do ilustrador, uma mistura em lápis de cor e desenho digital. Bem diferente, original e que combina com a história vencedora do prêmio alemão Max and Moritz.

Sim, isso mesmo! Aprendendo a cair foi a história em quadrinhos vencedora do grande prêmio alemão dos quadrinhos.

Leveza (ou não) 

Noel é um personagem muito carismático, o que torna a história leve. No entanto, Mikael trata de temas não tão leves assim. Há o relato de uma senhora sobre a Segunda Guerra Mundial que nos faz refletir sobre o quanto esse momento foi deplorável. Nunca havia lido um relato desse tipo e me tocou muito, pois cada vez que leio sobre o assunto, descubro mais uma atrocidade cometida pelos nazistas.

Ver os fatos diante da perspectiva da personagem torna a trama fluida e até divertida, pois Noel tem a visão ingênua de uma criança. Estamos falando de um menino que perdeu a mãe e ficou “sozinho” no mundo, mas que não foca na tristeza, e, sim, nas amizades que fez em Neuerkerode.

Sequência dos fatos

Confesso que achei a sequência da narrativa um pouco confusa em alguns momentos. Dizem que a mãe de Noel está em coma, então achei que ela poderia voltar em algum momento. No entanto, somente lendo os extras é que descobri que a mamãe havia morrido. Fiquei me perguntando: Noel ficou a vida inteira esperando pela mãe?

Também me questionei sobre as idas e vindas de ônibus em Neurkerode. Como realmente funciona?

Apesar de ter gostado muito da edição, de achar as ilustrações muito bonitas e diferenciadas, a obra me decepcionou um pouquinho no contexto geral. Fiquei confusa em alguns momentos e isso atrapalhou a minha experiência de leitura. Por esse motivo tirei duas estrelinhas da avaliação.

No entanto, como eu sempre falo, o que funciona para mim, pode não funcionar para você, ou o contrário. hehe O que posso dizer é que Noel é uma personagem encantadora e gostei muito de conhecer a Vila. Apenas esperava um pouco mais sobre a sequência dos fatos. A sensação que eu fiquei é de que o autor jogou algumas cenas perdidas no meio da história.

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Beijinho!

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